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Intel apresenta programa para capacitação de design em sistemas computacionais

11/11/2014


O IPD Eletron promoveu, no dia 10 de novembro, em São Paulo, a apresentação do Programa de Capacitação de Design Houses em dispositivos de computação da Intel. Na ocasião, o diretor executivo e responsável pelo innovation office da empresa no Brasil, Fernando Martins, abordou a iniciativa, que tem o objetivo de estimular novos formatos de computadores disponíveis para o consumidor brasileiro e minimizar a espera local por novidades de desktops, notebooks e tablets. "Hoje, temos um gap entre a situação atual e o que desejamos nesta área”, destacou. 

Segundo ele, como a maioria do design é feita em Taiwan ou na China para montagem local, existe um intervalo entre a ideia e a produção, que leva, em média, 17 a 24 semanas. "Isto é um quarto de ano e considerando o dinamismo do nosso setor, este tempo é inadmissível. Computador é igual a peixe, quanto mais rápido no mercado, mais tempo dura”, afirmou.

A iniciativa visa, portanto, encurtar este processo conferindo maior agilidade à disponibilização de produtos no mercado e estimulando as design houses brasileiras para que os equipamentos sejam projetados e manufaturados no país. Segundo Martins, a iniciativa da Intel vislumbra o potencial do Brasil, o terceiro maior mercado de computadores do mundo, atrás somente da China e EUA. "Estamos fazendo isso, pois há um mercado enorme. Trabalhamos com um horizonte de 10 anos”.

O programa de capacitação da Intel está sendo realizado inicialmente com dois Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs), o Senai Cimatec e Instituto Eldorado. "A ideia da iniciativa é de treinamento, mas essencialmente de transferência de conhecimento, com o intuito de criar sistemas de referência no Brasil e fora do país, devendo servir para diversos fabricantes”, explicou.

O executivo reforçou que o objetivo é fechar a cadeia de valor no Brasil e, em uma segunda etapa, é possibilitar a exportação de projetos. "A competência já existe, agora estamos entrando com o treinamento específico”, disse. Ao mesmo tempo, Martins destacou que existem diversas formas de incentivo por parte do governo que podem ser utilizados pelas empresas interessadas.

Sobre as formas de apoio governamental, o Coordenador Geral de Política de Informática, Adalberto Barbosa, e o Coordenador Geral de Microeletrônica, Henrique Miguel, ambos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), destacaram que o programa da Intel está em consonância com os objetivos do governo.

Barbosa destacou que o programa é de grande interesse e representa um avanço para o país ter o desenvolvimento de projetos. Segundo ele, uma das condições de aporte pelas empresas é através das obrigações relacionadas à Lei de Informática.

Por sua vez, Henrique Miguel ressaltou a necessidade de maior interação entre centros de pesquisas com as empresas beneficiadas pela Lei de Informática. "A questão é que temos que fazer isso da forma mais rápida possível”. Ele salientou que o desenvolvimento de projetos no Brasil pode estimular, também, os fornecedores de partes e peças no país.

Durante o evento, representantes do Senai Cimatec e do Instituto Eldorado apresentaram suas estruturas, em Salvador/BA e Campinas/SP, respectivamente, e os trabalhos em andamento.