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O governo formalizou nesta quarta, 11/3, a troca de comando na Financiadora de Estudos e Projetos, que é ligada ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e no ano passado emprestou R$ 8,6 bilhões em pesquisas e projetos de inovação. No lugar de Glauco Arbix, volta ao posto Luis Manuel Rebelo Fernandes, que presidiu a Finep em 2007.

A cadeira é estratégica. A Finep vem sendo turbinada desde o primeiro mandato de Dilma Rousseff quando o então ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, hoje na Casa Civil, passou a defender publica (e politicamente) a transformação da Financiadora em banco público.

Com quase R$ 15 bilhões em ativos, esse processo chegou a avançar de início e ainda em 2011 o Banco Central concedeu a carta patente – uma espécie de autorização prévia – para o enquadramento como instituição financeira. Mas desde então aguarda-se a palavra final do Conselho Monetário Nacional (CMN).

O trabalho para isso continua. No fim do ano passado, a direção financeira da Finep já fazia as contas e colocava a instituição como o quinto maior banco público do país – atrás do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES e Banco do Nordeste. A projeção é de que em quatro anos a Finep será maior que esse último.

Nesse percurso, a Finep vem adotando novas linhas de operações. É cotista em mais de trinta fundos de Seed, Venture Capital e Private Equity, e começou a investir diretamente em empreendimentos de risco elevado, através de um fundo de R$ 500 milhões – o primeiro aporte de R$ 50 milhões, para as empesas de automação industrial e semicondutores, saiu há uma semana.

O objetivo na transformação em banco seria fortalecer o investimento em pesquisa e inovação com a possibilidade de captações fora do sistema nacional de incentivos à C&T. Segundo o ex-presidente Glauco Arbix, a proposta é dobrar o gasto público no setor nos próximos quatro anos, passado de cerca de R$ 25 bilhões para R$ 50 bilhões.

Fonte: Convergência Digital - 11/03/2015