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Como a Internet das Coisas afeta o nosso dia a dia
14/09/2015

Em menos de três décadas, o cenário vislumbrado por Weiser ganha contornos de realidade cada vez mais fortes. Uma pesquisa encomendada pela Cisco e divulgada pela Tata Consultancy Services (TCS) mostrou que, em 2010, já existiam 12,5 bilhões de coisas conectadas à rede mundial de computadores. A previsão é que em até cinco anos serão 50 bilhões de objetos ligados à internet.
Ainda segundo o levantamento, as empresas brasileiras devem investir US$ 79 milhões – o equivalente a R$ 237 milhões – em Internet das Coisas neste ano. O barateamento de processadores, a popularização da programação e o desenvolvimento de sensores e chips cada vez mais portáteis que surgem com a nanotecnologia, desenvolvendo materiais e componentes em dimensões microscópicas, são decisivos para o crescimento da Internet das Coisas.
Atualmente, vivemos um momento de discussão de padrões decisivos para a massificação de objetos conectados. As grandes empresas estão definindo a interoperabilidade dos sistemas. "São protocolos comuns a todos os objetos que permitirão que eles troquem informações", explica o gerente de projetos do Departamento de Indústria, Ciência e Tecnologia do Ministério das Comunicações, Thales Marçal.
A adesão massiva a este tipo tecnologia também depende do aprimoramento das infraestruturas de redes e do armazenamento em nuvem para dar conta do grande volume de dados que será gerado com a conexão dos objetos.
Além disso, o avanço nas comunicações máquina a máquina ("M2M", em inglês), com hardwares cada vez mais capazes de se comunicar entre si sem intervenção humana, é fundamental para o avanço da Internet das Coisas. São dois conceitos semelhantes, ainda que o M2M seja mais circunscrito. Um exemplo bem conhecido de comunicação máquina a máquina é o monitoramento de semáforos, que regula o tempo de verde ou vermelho a partir do fluxo de trânsito.
Desafios
Uma revolução desse porte exige discussões aprofundadas. O governo federal criou, em 2014, a Câmara de Gestão M2M (Máquina a Máquina) e Internet das Coisas, que agrupa representantes do governo, da iniciativa privada (indústria e serviços), de universidades e instituições de pesquisas.
O grupo se reúne periodicamente para discutir qual a visão destes segmentos sobre o tema, identificando dificuldades e oportunidades de crescimento. A expectativa é que, até o fim deste ano, seja lançado o Plano Nacional de M2M e Internet das Coisas. A ideia, segundo o Ministério das Comunicações, é preparar o país para essa transformação que já está em curso, beneficiando diversos setores da economia nacional, como a agricultura, a indústria automotiva, a saúde e a educação.
O plano trará diretrizes que são fundamentais para o desenvolvimento de uma política pública específica para o setor. A estratégia deve dar suporte a diversos pontos importantes para o setor de IoT, como aspectos de segurança, privacidade, questões tributárias, importação de componentes, capacitação de recursos humanos e infraestrutura.
(Agência Gestão CT&I - 11/09/2015 | Foto: Reprodução/Odissey)