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As 10 principais inovações de 2015, segundo EXAME.com

05/01/2016


2015 foi um ano cheio de inovações nas áreas da ciência e da tecnologia. Enquanto os engenheiros da Microsoft trouxeram uma nova perspectiva de como será o futuro da realidade virtual com o HoloLens, os astronautas da Estação Espacial Internacional conseguiram, pela primeira vez, cultivar verduras no espaço e aumentar as chances de o homem construir colônias em outros planetas.

Veja a seguir quais foram as melhores inovações desse ano, segundo a EXAME.com:

Carro autônomo do Google


Desde junho deste ano, os cidadãos de Mountain View, na Califórnia, observam os pequenos carros autônomos do Google rodando pelas ruas da cidade. São 23 protótipos de carros que podem alcançar uma velocidade máxima de 40 quilômetros por hora.

Com espaço para dois passageiros, os automóveis têm volante, que pode ser retirado, acelerador e freio. Além de autônomo, o carro é elétrico e tem sensores a laser, radares e câmeras de detecção de objetos para diminuir as chances de um acidente acontecer.

Segundo a empresa, em 94% dos casos, os acidentes de trânsito estão relacionados a erros humanos. Chris Urmson, diretor da divisão de carros autônomos do Google, informou em maio que, desde que o projeto começou há seis anos, os carros autônomos se envolveram em apenas 11 acidentes. Segundo ele, em todos os casos o veículo estava sendo operado de forma manual ou por culpa do motorista do outro veículo envolvido. 

Microsoft HoloLens


Óculos de realidade virtual, como o Google Cardboard e o Samsung Gear VR, transportam as pessoas para outros mundos. Já o HoloLens da Microsoft tem sensores que aumentam a realidade -- e é isto que o torna tão interessante. Devido a essa tecnologia, o dispositivo sobrepõe hologramas e dados para ambientes existentes, como a casa ou o local de trabalho do usuário.

O aparelho da Microsoft ainda tem alto-falantes embutidos que substituem o uso de fones de ouvido. Ele utiliza uma tecnologia que copia a forma como o ouvido humano recebe o som de um local específico. Assim, o usuário consegue ouvir os hologramas de qualquer lugar.

O HoloLens já está sendo usado pela Nasa para imitar o terreno de Marte em laboratórios e por estudantes de medicina para dissecar corpos virtuais. No entanto, ainda não há data para que os óculos de realidade virtual da marca sejam comercializados. 

Braço biônico da Deka


O braço biônico criado pela Deka é a primeira prótese que permite que uma pessoa faça movimentos múltiplos, como abrir a mão e girar o punho ao mesmo tempo. O produto foi nomeado como "Braço do Luke” em homenagem ao personagem Luke Skywalker da franquia Star Wars.

O braço funciona da seguinte forma: eletrodos na pele captam os impulsos elétricos que sinalizam as contrações musculares e depois os enviam para um chip na prótese. O processador traduz as mensagens em movimentos integrados no cotovelo, no punho e na mão – os mais complexos são coordenados pelo usuário com um sensor acoplado em seu sapato.

Para provar que o braço biônico auxilia as pessoas a realizarem tarefas complicadas, a empresa fez um ensaio clínico. Os participantes precisaram desbloquear uma porta e utilizar hashis (talheres japoneses). A pesquisa mostrou que 90% das 36 pessoas foram capazes de fazer ambas as funções.

O "Braço do Luke” já foi aprovado pela Agência de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA), mas ainda não tem data de lançamento comercial.

Verdura cultivada no espaço


Pode parecer exagero, mas o cultivo de uma verdura no espaço será vital nas missões espaciais de longa duração que a Nasa planeja para as próximas décadas. Além de ser fonte de alimentos, a jardinagem também pode ajudar na saúde mental dos tripulantes.

Em agosto deste ano, os astronautas Scott Kelly, Kjell Lindgren e Kimiya Yui usaram um sistema de agricultura artificial chamado Veggie – uma tecnologia que utiliza "travesseiros" pré-fabricados de sementes. Eles são colocados sob luzes vermelhas e azuis emitidas por lâmpadas LED.

Após algum tempo de cultivo, nasceram alfaces vermelhas na horta da estação espacial. Para que a verdura fosse ingerida, os astronautas precisaram limpá-las com ácido cítrico. De acordo com eles, o gosto da alface é parecido com o da rúcula. 

Foguete reutilizável da Blue Origin


A empresa aeroespacial Blue Origin de Jeff Bezos, fundador da Amazon, realizou um feito que pode ajudar a reduzir os custos das viagens espaciais. Seu foguete reutilizável, o New Shepard, conseguiu pousar após um voo não tripulado suborbital – quando a nave intersecta a atmosfera.

O New Shepard é composto por uma capsula pressurizada que é capaz de transportar até seis pessoas. Durante o teste em novembro, o lançador desacoplou o motor a cerca de 1.500 metros a sete mil quilômetros por hora para frear a descida. Desse modo, ele conseguiu pousar quase no mesmo lugar onde havia decolado, no Texas (EUA), permitindo a reutilização. Geralmente, os foguetes são descartáveis após um voo.

Caneta que faz objetos em 3D


A impressão em 3D se popularizou rapidamente em todo o mundo. Hoje, já é possível fazer órgãos em três dimensões para que estudantes de medicina estudem o corpo humano e imprimir um feto a partir da imagem de um ultrasom.

Uma empresa criou uma caneta 3D que não utiliza plástico derretido para a criação de objetos. Inicialmente um projeto no Indiegogo, a caneta 3D da CreoPop tem três luzes UV em sua ponta. Elas ajudam a endurecer um gel de fotopolímero que é colocado dentro do aparelho, tornando possível a formação de objetos.

Devido ao uso dessa tecnologia de fotopolímero, a CreoPop não esquenta e pode ser usada também por crianças. Disponível na Best Buy dos Estados Unidos e no site da empresa, a versão com três cartuchos nas cores vermelho, turquesa e laranja custa 129,99. Segundo a CreoPop, cada cartucho de tinta pode imprimir uma linha de 14 metros a 1 mm de diâmetro. 

Rodovia que capta energia solar


Uma empresa norte-americana quer criar o maior painel solar do mundo. A Solar Roadways (Rodovias Solares, em inglês) utiliza células de vidro temperado e fotovoltaicos para criar um pavimento que coleta energia solar.

Dentro de cada pedaço do pavimento existem elementos que derretem o gelo depositado de nevascas. Além disso, as células possuem luzes de LED que podem ser programadas para a sinalização no trânsito.

Devido a uma campanha no site de financiamento colaborativo Indiegogo e um financiamento da Administração de Estradas e Rodovias dos Estados Unidos, a empresa conseguiu colocar a tecnologia em prática no final deste ano. Com o protótipo foi possível fazer um estacionamento em Idaho (EUA).

"Hoverboard"


Este é, provavelmente, o produto mais viral do ano (pelo menos entre os famosos que podem compra-lo). Chamado de Hoverboard – apesar de não flutuar como o skate do filme "De Volta para o Futuro" – o produto já foi fabricado por diversas marcas e seu preço varia de dois mil a quatro mil reais.

Ele é metade Segway (aqueles veículos motorizados que os guardas de shoppings utilizam) e metade skate. Para utiliza-lo, o usuário precisa apenas colocar os pés em cima da plataforma -- ao fazer isso, giroscópios elétricos embaixo do dispositivo automaticamente mantém-o em equilíbrio. Basta mover o corpo para frente e para trás para controlar a velocidade.

Cadeira de rodas que sobe escadas


Apesar de muitos lugares públicos já terem estrutura acessível para deficientes físicos, ainda existem muitos obstáculos, como buracos e escadas, que impedem essas pessoas de se locomoverem.

Dez estudantes do Instituto Federal Suíço de Tecnologia e da Universidade de Artes de Zurique, na Suíça, notaram esse problema e desenvolveram uma cadeira de rodas que "escala" todos os tipos de escadas, inclusive as em espiral.

A Scalevo (como é chamado o produto) tem duas rodas que permitem que os usuários andem em terrenos planos de maneira rápida. No entanto, seu diferencial está embaixo das rodas, onde duas faixas de borracha podem ser acionadas pela pessoa para subir escadas.

Não há informações da quantidade de tempo que a Scalevo leva para subir um degrau. Porém, no vídeo abaixo é possível ver que a cadeira não é veloz -- provavelmente, por questões de segurança. Em entrevista para a Reuters, os invetores da Scalevo disseram que esperam que seu produto não será muito mais caro do que as cadeiras de rodas tradicionais.

Projeto para limpar o oceano


Apesar de ter sido fundado em 2013, o projeto "The Ocean Cleanup” iniciou seus testes apenas em outubro deste ano. A ideia é simples: uma rede flutuante de 100 quilômetros de extensão utilizaria as correntes naturais das águas para interceptar todo o lixo depositado nos oceanos.

Para que os peixes não fiquem presos, a rede é superficial e chega a uma profundidade de apenas três metros. Caso esse teste piloto dê certo, o projeto irá iniciar a limpeza total dos oceanos em 2020. Os idealizadores esperam que a rede possa reduzir o lixo em 42% ao longo de 10 anos.

(EXAME.com - 28/12/2015)