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Indústrias apostam em drones para
impulsionar produtividade

04/08/2016


Imagine pequenos robôs aéreos, parecidos com miniaturas de aviões ou helicópteros que obedecem a comandos por controle remoto. Tudo bem, isso já é realidade. No entanto, em breve, os Veículos Aéreos não Tripulados (Vant), ou drones - como são popularmente chamados - poderão ganhar novas funções em nossa rotina, como realizar entregas em casas e prédios comerciais. O uso dessa tecnologia está cada vez mais difundido e tem se tornado peça fundamental para aumentar a competitividade.
  
Nos últimos anos, o desenvolvimento tecnológico contribuiu para a popularização do equipamento. Como cada drone tem características distintas, ele pode exercer diversas funções, com objetivos variados. Empresas de delivery, por exemplo, poderiam começar a utilizar esta tecnologia para fazer entregas. Dessa forma, quando alguém pedir uma pizza ou até comprar algo na internet, o drone recolheria o produto para levar ao destino, tornando o processo mais rápido e com menor custo.

Muitos setores já usam a tecnologia a seu favor. Os espectadores de cinema e televisão perceberam ângulos diferenciados que têm sido captados por drones em cidades bastante conhecidas. Como alguns dos aparelhos também podem fazer imagens térmicas, indústrias de gás e petróleo também já utilizam o equipamento para monitorar plataformas e gasodutos.

E não para por aí. Construtoras podem usar drones para fiscalizar o andamento e a qualidade de obras, já que a máquina alcança lugares perigosos ou que uma pessoa não consegue ir facilmente. Até mesmo a polícia utiliza os drones para identificar tumultos e confusões em locais com grande quantidade de pessoas.

Caso de Sucesso
Sediada em Londrina (PR), a Adama Brasil é uma das empresas que não perdeu esse voo. Ela decidiu inovar e ir além da venda de produtos contra pragas em lavouras. Desde 2014, um dos serviços que passou a oferecer é o uso de drones para capturar imagens de alta definição em plantações de cana-de-açúcar. A vontade de ir cada vez mais alto fez com que a Adama recebesse o prêmio de empresa mais inovadora do país no setor de agronegócio pela revista Valor Econômico, em 2016.

O gerente de inovação da empresa, Roberson Marczak, foi um dos idealizadores do novo serviço. A empresa percebeu que os produtores não conseguiam identificar áreas com falhas de plantio porque as imagens de satélite tinham problemas de atualização, qualidade e precisão. Por isso, decidiu usar drones de asa fixa, que têm uma boa autonomia e podem fazer monitoramentos diários com fotos de alta qualidade e baixo custo. "Acredito que, daqui a cinco anos, o drone vai virar uma ferramenta indispensável em qualquer fazenda”, afirma o gerente em entrevista à Agência CNI de Notícias.

Segundo Roberson, além de auxiliar a reconhecer falhas na plantação, o uso da tecnologia também evita desperdício. "Se um produtor acha que tem 50 hectares de cana, por exemplo, ele vai aplicar adubo e produtos para esta quantidade. Porém, se há falhas e ele só tem 45 hectares, 10% dos produtos que ele utilizar serão desperdiçados. Isso gera um custo maior do que ele precisa”, explica.

(Agência CNI de Notícias - 19/07/2016)