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Brasil precisa usar mais recursos de gestão da inovação, diz estudo inédito da MEI

26/09/2016


Para que uma indústria seja inovadora, é preciso mais do que boas ideias. As ferramentas utilizadas para estruturar prospecção e estratégia tecnológica, selecionar projetos de pesquisa e desenvolvimento e definir modelos de gestão da inovação dentro de uma empresa são igualmente cruciais para o desempenho dos negócios. Estudo inédito da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), movimento coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que as empresas brasileiras utilizam pouco esses instrumentos e que há espaço para adoção de práticas que garantam a constância nos processos de inovação no país.

O documento "Melhores Práticas Empresariais para Inovar", elaborado pelos consultores Fernanda De Negri e João De Negri, entrevistou 21 CEOs - 12 de empresas brasileiras e nove de empresas dos Estados Unidos, para identificar práticas em cinco eixos: prospecção tecnológica, estratégia tecnológica, avaliação de projetos de P&D, gestão da inovação e venture capital.

"O Brasil não tem acompanhado as novas tendências no ritmo desejado e necessário, apesar do lançamento de programas e ações focadas no fomento à inovação e no desenvolvimento tecnológico na última década", avalia o estudo. A utilização de big data e processamento de dados para subsidiar a tomada de decisões, estruturação de estratégias de análise de tendências e desenvolvimento tecnológico bem como a formação de uma plataforma de gestão da inovação, que reúna governos e empresas, são caminhos apontados pelos pesquisadores para o fortalecimento da inovação.

PRÁTICA - A reunião do Diálogos da MEI foi realizada no laboratório do projeto Ocean Samsung, inaugurado em abril deste ano, no Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). A diretora de Relações Institucionais e Regulação da Samsung, Simone Scholze, apresentou o programa, que investirá US$ 5 milhões em financiamento de startups e promoverá a interação entre empresas brasileiras e sul-coreanas. "Formamos 30 mil estudantes em cursos de curta duração voltados para a promoção da economia criativa", afirmou.

(CNI - 20/09/2016)