notícias
Voltar para notíciasTecnologia e inovação têm alterado dinâmica competitiva do mundo, segundo Finep
27/08/2018
Se em 2006 havia apenas uma empresa de tecnologia entre as dez mais valiosas do mundo, a Microsoft, hoje já são sete ocupando posições antes restritas a grandes petrolíferas e bancos. "A tecnologia, a inovação e as startups têm alterado toda a dinâmica competitiva do mundo”, disse o economista e presidente da Finep, Marcos Cintra, durante o workshop de lançamento do FGVnest – Núcleo de Estudos em Startups, Inovação, Venture Capital e Private Equity, no dia 09 de agosto, no Rio de Janeiro.
Cintra comentou que o fenômeno se reflete na idade média das empresas listadas no S&P 500: caiu de 33 anos, em 1963, para 20 anos em 2018 – e a tendência é que caia para 14 anos em 2026. "As empresas que serão as líderes mundiais em poucos anos estão dando agora os seus primeiros passos”, comentou. Hoje, além da empresa criada por Bill Gates, Apple, Alphabet/Google, Amazon, Tencent, Facebook e Alibaba integram a lista das dez empresas com maior valor de mercado, segundo levantamento da consultoria Innosight.
Desde o início dos anos 2000, a Finep vem desenvolvendo uma série de ações de apoio ao segmento de Venture Capital (VC) e às startups. Ao longo de quase duas décadas, investiu R$ 655 milhões em 33 Fundos de VC, que atraíram outros R$ 5 bilhões de demais investidores, especialmente do setor privado. A financiadora é um dos maiores investidores do Brasil na modalidade. Estes Fundos, por sua vez, aportaram recursos em mais de 200 empresas, entre as quais a Resultados Digitais e a Zenvia, consideradas dois dos próximos dez "unicórnios brasileiros” – empresas cujo preço no mercado supera US$ 1 bilhão.
Além das operações em Fundos, a financiadora lançou em 2017 o Finep Startup, o maior programa de apoio a empresas nascentes de base tecnológica do país. A iniciativa vai investir até R$ 400 milhões até 2020 no segmento. Cada empresa selecionada pode receber até R$ 1 milhão da Finep, via contrato de opção de compra.
O programa foi criado para preencher uma lacuna de mercado não atendida pelas demais ações públicas nem pelo segmento privado: o chamado "vale da morte". Hoje existe um gap de apoio entre o primeiro investimento que uma empresa em fase inicial recebe – em torno de R$ 100 mil e realizado, por exemplo, por investidores-anjo – e aquele feito por meio de um Fundo de Seed Capital – em torno de R$ 3 milhões, dependendo do grau de maturidade da empresa.
FGVnest: hub de empreendedorismo e inovação
Lançado oficialmente no dia 09 de agosto, o FGVnest – Núcleo de Estudos em Startups, Inovação, Venture Capital e Private Equity, da Fundação Getulio Vargas (FGV), tem como objetivo contribuir para a difusão e o fortalecimento do empreendedorismo e da inovação no Brasil. O espaço será um hub (ambiente de conexão) de conhecimento, com fins acadêmicos e aberto a parcerias de agentes de todos os setores.
O Gaia Silva Gaede Advogados e a Anjos do Brasil serão, respectivamente, a primeira instituição mantenedora e o primeiro parceiro institucional do Núcleo. De acordo com o coordenador do FGVnest, Caio Ramalho, uma série de iniciativas será lançada em breve: um panorama do Private Equity e Venture Capital no Brasil; um radar do investimentos em startups; uma clínica de mentoria em tecnologia e programação para empreendedores e startups; competições de startups para empresas junto com parceiros estratégicos; e workshops periódicos para estimular as discussões entre a academia e representantes do mercado sobre os temas de relevância para o ecossistema.
Para saber mais informações sobre o Finep Startup, clique aqui.
(FINEP - 10/08/2018)